segunda-feira, março 12, 2007

Oratória extremista

Desde o início das aulas que o mundo pareceu ter tomado outro rumo! Um bom novo rumo: novos planos, novas aulas, novos amigos, novas cores...Enfim, seria tudo magnífico se houvesse uma força universal que mantivesse as coisas nesse novo bom rumo. Acontece que eu sempre fico confusa no fim das contas! É quase inevitável. Ou é “evitável”, mas eu ainda não descobri como evitar! Alemão foi a melhor escolha da Habilitação, a quantidade de matérias está no ponto, os amigos do ano passado – embora a Sra. Habilitação tenha nos distanciado das mesmas aulas – continuam sempre muito companheiros e divertidos. Não tem um grande problema aparente...mas tem...eu continuo a pensar em hipóteses futuras...o problema é que, enquanto eu não me focar na resolução dessas questões rotineiras e democráticas, nada sai, deveras, do lugar! Enquanto eu busco uma resposta pras questões “divinas”, eu escuto Paixão Segundo São Mateus, de Bach, e me elevo à significância de sei lá o quê!
Sempre que eu escuto essas músicas parece que uma espécie de passagem se abre e eu flutuo em direção ao nada, e sem intenção alguma. Queria ser uma música de Bach!
Uma coisa que nunca foi contada aqui, pelo menos não que eu me lembre, é o meu gosto estranho por coisas extremas! Há um certo fascínio nos extremos que eu não sei explicar, porque eu jamais gostaria de vivê-los. Se eu fizesse sessões de terapia, a terapeuta certamente diria que eu tenho desejos ressentidos, o que não é bem a questão! Esse extremo é de um belo, tipo clichê, bem filme mesmo! Um personagem do tipo Padre Amaro, por exemplo. É difícil de explicar a essência desse sentimento porque ele é tão meu (que não é seu)! E quando eu escuto Bach eu sinto esse extremo altamente clichê (não estou chamando Bach de clichê, longe de mim!). Esse sentimento às vezes parece que é uma mistura de pecado e de prazer....mesmo eu não acreditando na concepção de pecado imposta pela Igreja...Aliás, a Igreja é hipócrita, como definiu o nosso Presidente. E eu sou hipócrita muitas vezes....mas a questão aqui é o extremo e não a minha hipocrisia. A Igreja sempre me remete aos extremos, talvez porque ela própria é extremista. É por isso que algo me fascina nas missas, nos padres, nas músicas religiosas, nas imagens dos santos...

Mesmo me fascinando, nada disso consegue me prender. E esse texto seguiu um rumo extremamente extremo. Eu nem ia escrever isso...

Eu tentarei escrever todos os dias! Mesmo que seja pra postar um poema meu ou um conto. Quero me habituar a escrever todos os dias.

2 comentários:

Anônimo disse...

É que escrever todos os dias da uma preguiiiiiiiiiça...

Srta. Smilla disse...

Extremo ou não, gostei muito desse seu texto (e também morro de preguiça e de inspiração para escrever todo dia!)

Sobre sua pergunta, a frase no meu blog é do Nietzche, do livro "Assim falou Zaratustra", que a propósito é um livro excelente.

Beijão