Sie hat gewartet! Sie hat ein bisschen gewartet. Plöztlich ist alles geworden! Natürlich!!!Das ist das Leben!
Abandonei o blogue por um tempo porque se antes ele era um refúgio para os meus mundos imaginários [ou mundos acentuados pela minha visão fosforescente], agora ele ganha vida nova, resnascido como Jesus Cristo. Não que ele venha a fim de salvar algo. Apenas volto à ativa porque escrever me faz bem. E deu saudade. Mas algo me fez parar por um tempo. Algo concreto, que foi a estagnação do pensamento bloguístico, a perda momentânea do que eu chamaria de "malemolência textual"; além da correria, é claro, que contribuiu para o meu distanciamento repentino!*
.
.
.
E mais um ano se passa na cidade cidade-cinzenta-irremediável. Agora é tempo de prenúncios...um ano intenso que traz outro talvez mais intenso. Ah, se aqueles campus falasse...tantas histórias bonitas: conquistas, alegrias, amigos, estudos, entendimentos, confusões, decepções, esperanças. Primeiro a tensão do encontro com o novo, depois o novo ainda mais novo de uma ocupação. Ah, tantos laços feitos nesses tempos. Maior compreensão. E depois a volta do que já era pra ter sido e não foi: seis meses de correria que pareciam inesgotáveis. Mas tudo bem, valeu tudo tão a pena! É que a olhos nus as coisas parecem mais claras e límpidas, serenas em si mesmas. Principalmente agora.
E nem todos lerão essas miudezas românticas e melodramáticas que eu ponho aqui!A minha vontade era agradecer a todos que fizeram parte desse ano bonito com abraços, beijos e presentes. Eu ando um tanto nostálgica e brega. Acho que é o fim de ano. Eu sempre fico brega assim. Agora estou escutando Enya, que é brega-pra-dedéu, embora às vezes eu goste de ouví-la, como gosto de milhões de coisas bregas. Tem uma música dela , "May it be", que faz parte da trilha sonora do "Senhor dos Anéis" e que, de alguma forma, me faz ter essa sensação estranha que eu sinto quando escuto ou leio coisas que me fazem ter o sentimento de não pertencer a essa coisa toda que é o mundo dos homens. Talvez não ao mundo mas pelo menos à essa época. É, às vezes eu sinto isso! Culpa de alguns valores bobos e bregas que eu tenho. Mas eu gosto de todos eles e, por isso, não vou abandoná-los.
Creio que meu olho nú não está tão nú assim. Enfim, olhos nus que se segam de tanta nudez!!!
Só queria dizer que algumas pessoas passam na nossa vida e deixam um pouquinho de esperança ou de sentimentos bonitos. Lembro de um professor de Literatura e redação da oitava série que falava com tanto amor do seu trabalho que eu sentia uma cosquinha, bem lá no fundo. E fiquei pra sempre com vontade de sentir isso assim que nem ele quando eu crescesse. É por isso que eu estou aqui, buscando, sendo brega e etc. Porque eu quero sentir isso, assim, que nem vc que está lendo isso aqui, com uma esperancinha de que a vida pode ser cada dia mais bonita e alegre, só dependendo da gente! E foi esse professor que me apresentou o meu poema oficial de Natal:
Poema de Natal
Vinicius de Moraes
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.