sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Amor: influenciado por Rogério Sganzerla*

Ouvi aquela sinfonia brilhante.
Conheci aquele sentimento dos loucos.

Aprendi a fazer das nossas cenas
pla-nos se-qüên-cias bem lon-gos:
compassos de luz e sombra.

E numa dessas percepções da freqüência
entendi aquilo que sempre diziam
sobre o anti-fazer das coisas.

Tão além quando se vê
as luzinhas brilhantes.
Ora calmantes,
ora extravagantes.

Dá pra entender agora
porque sentimos essas vibrações:
porque o sentimento
dos loucos.


*pra quem não conhece, o Sganzerla, Rogério Sganzerla, é um cineasta brasileiro. Eu li um livro repleto de entrevistas interessantes dadas por ele. Pra quem não tinha informações sobre cinema brasileiro, ao menos agora eu tenho uma pontinha de iniciação no assunto. Posso discutir um pouquinho, dizer que não sou tão por fora assim. Acho que, na verdade, só quem conhece um pouco do Sganzerla pode entender mais claramente esse poema. ou quem leu o livro! =)

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Sentimentos inexoráveis!!!

Ela descobriu que cogitar reações diante das situações da vida é altamente enganador! É um sentimento estranho perceber que tudo o que foi defendido há anos, de repente, é encarado de forma contrária. Absurdamente contrária. Assim, como ela sempre disse que não seria. E agora é.

E ela, às vezes, se sente bem, outras vezes se sente muito mal. A culpa não é dela. Esses sentimentos truculentos que pegam as pessoas sem avisar.

Ele apareceu várias vezes negando tudo o que ele afirma com tanta seriedade, daquela forma extremamente confiável. Ele já esbanjou outras companhias. Ele já esbanjou a distância. Ele já disse que a culpa é dela. Mas não é culpa dela. É culpa de outra coisa, de outra coisa que não ela. E então?

Ela tenta colocar outras coisas na cabeça. Mas é muito mais forte: inexorável. Ela queria não dormir, porque é justamente este o maior problema. Não é um daqueles problemas em que dormir ameniza os fatos. Justamente o contrário! Dormir é a causa-mor dos sentimentos truculentos.

No entanto, ela sente sono. E por mais que ela tente manter os olhos bem abertos, eles se entregam quase que sofregamente. Ela tenta imaginar que está indo pra um caminho seguro, quando na verdade aquele fechar de olhos abre as portas do Inferno.